quinta-feira, 21 de junho de 2012

20 de junho, 22:23.


      Acabo de aprender uma coisa muito curiosa. Foi tão de repente, em questão de segundos, como perder para um jogo ganhar que percebi que – como sempre diz uma sábia Sereia – a tristeza não é ruim. Tudo é uma questão de como você a vê.

      Fechei meu livro imediatamente na página 417, no meio de um capítulo, no meio da minha chance de tomar uma dose de Felix Felicis, contudo preferi sentir meu rancor, minhas mágoas, minhas tristezas. Mas isso também é sentir estar vivo.

      Aprendi também, hoje, que ter meus calcanhares firmes ao chão, é muito melhor do que tentar voar em tentativas precipitadas, falhas por sinal, e aprendi que onde o suor pinga, há esforços. Esforços. Que podem decepcionar tanto quanto expectativas.

      Sentir a infelicidade como uma forma natural do ser humano, percebê-la como algo que vem da essência, admitir que simplesmente acontece, me fez bem melhor, e só me bastou um estou-triste-mas-e-dai-?. Nada mais importa, quando me sinto estar vivo.


Heitor Gabriel

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