Escrevi
no último papel de bala guardado, a primeira letra do seu nome. Bati até que
ele se rompesse, pois queria saber a opinião do universo sobre nós. Reservei-o por
décadas, e o elegi o mais importante e o único verdadeiro dentre os mais. Só
poderia ser usado na hora certa, e a hora chegou.
- Não dê muita importância para as coisas que
eu falo. Absorva somente 0,1%.
- E o que eu faço com os outros 99,9? - A não ser que a telepatia fosse comum dentre os seres, nós iriamos conhecer verdadeiramente quem cada um é. Mas, anseio descobrir pelo menos 0,2% de você.
- Leve a maioria na brincadeira. Menos isso que vou te dizer agora.
E com um beijo selo meu ato. Mergulho nos seus lábios, finos e macios, delirando por sentir a explosão de sensações que um beijo apaixonado pode trazer. E por fim, recolho a minha boca da sua, respirando profundo. E em seus olhos, analiso a reação.
- Mas você não disse uma palavra. – Argumentou ela.
- Sério? Pois eu achei que tinha dito tudo.
Escrevi no último papel de bala, bati até que se rompesse, e deu amor.
Heitor
Gabriel
perfeito.
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