quarta-feira, 2 de maio de 2012

Escrevi no último papel de bala guardado, a primeira letra do seu nome. Bati até que ele se rompesse, pois queria saber a opinião do universo sobre nós. Reservei-o por décadas, e o elegi o mais importante e o único verdadeiro dentre os mais. Só poderia ser usado na hora certa, e a hora chegou.

           - Não dê muita importância para as coisas que eu falo. Absorva somente 0,1%.


       - E o que eu faço com os outros 99,9? - A não ser que a telepatia fosse comum dentre os seres, nós iriamos conhecer verdadeiramente quem cada um é. Mas, anseio descobrir pelo menos 0,2% de você.


           - Leve a maioria na brincadeira. Menos isso que vou te dizer agora.


E com um beijo selo meu ato. Mergulho nos seus lábios, finos e macios, delirando por sentir a explosão de sensações que um beijo apaixonado pode trazer. E por fim, recolho a minha boca da sua, respirando profundo. E em seus olhos, analiso a reação.


          - Mas você não disse uma palavra. – Argumentou ela.


          - Sério? Pois eu achei que tinha dito tudo.


Escrevi no último papel de bala, bati até que se rompesse, e deu amor.

Heitor Gabriel

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