quinta-feira, 19 de abril de 2012

17h59min. Em tão poucos segundos, grandes mudanças. Precisão, pontualidade, uma antítese escancarada. O cair da tarde me remete muitas emoções. O crepúsculo do céu, que é tomado aos poucos pela escuridão ao passo em que a luz vai enfraquecendo, restando apenas quase que uma penumbra, trás junto consigo a melancolia através de sua vermelhidão.


E o tempo estático é quebrado pelo canto de uma cigarra.


Uma repetição sem fim, até o fim, até quando o mundo não nos pertencer mais. O adeus momentâneo ao sol vai sempre me fazer sentir o que é estar vivo. E do lado de fora, uma ventania fria e convidativa, mas que ao mesmo tempo trás a sensação de que tudo pode ir embora rápido demais.


- Será que ele vai voltar? E se um dia ele não voltar?


Então esse será o dia do silêncio da cigarra.

Heitor Gabriel

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