quinta-feira, 19 de abril de 2012

Nos abismos dos meus pensamentos, recolho memórias. Refletidas em minhas retinas elas são, me fazendo viajar no tempo. Em meu próprio barco a velas eu vou, sentindo a brisa da maré, que já trouxe até medo por muito tempo. Uma visão translúcida do que já foi vivido, mas um sentimento intenso. E quando de repente quebra-se a régua, junto com ela, vai um pedaço do menino sonhador guardado no coração, onde os primeiros planos e projetos foram feitos com a sua ajuda. Mesmo sendo tão pregado o desapego material, objetos podem carregar a difícil missão de guiar o barco até uma outra dimensão, uma dimensão só sua e de mais ninguém. Um mundo privado que é a mente, onde está registrado tudo o que mais significa e já significou. É o meu eu dentro de mim, mas que é tão frágil, tão frágil, que pode ser atingido até mesmo pelo simples quebrar de uma régua.
Heitor Gabriel

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